Tuesday, December 23, 2008

chopin, no natal, com pollini - já agora brahms com ele

24 preludes - maurizio pollini





ou brahms - concerto nº2 com abbado







perdi-me neste natal

boas festas!

Friday, December 5, 2008

comer comida com amigos

por vezes tenho oportunidade de cozinhar em inglaterra
eis alguns resultados



e nunca acabo na cozinha


p.s. - aprovado por quem degustou

Monday, November 24, 2008

pérolas da net (para a susana, e todos, claro)




é youtube, basta pesquisar Baden Powell, João Gilberto, etc

Wednesday, November 5, 2008

yes we can



Tuesday, October 28, 2008

e lá voei eu ao fim de 15 meses
quinze mesinhos
uns mezinhos
outros
os 3 últimos
já á maneira

começou assim
com a mãe, no aeroporto

depois o deslumbre

este cheiro a casa portuguesa
a nossa publicidade
a clareza
- é ali carago!
que interessa se tem dois lados de fora ou quatro?
quem não conhece o barbeiro?

depois o "príncepe" com isto

do outro lado da mesa a Susana e tudo o que ainda não tinhamos dito
o SG Gigante, o cimbalino e meu deus, o queijo, o pão, o presunto

fizemos a festa também




deu tempo para a festa no Porto


para os amigos na aldeia


e um bocadinho de música


cheguei ainda a tempo para ver isto
aqui, Southampton, agora a casa
apesar do frio de rachar

...e de viver isto


onde acaba o frio
começa o sonho
e a terra existe
agarro o meu todo
e tu ficas

comigo

Friday, September 26, 2008

festa

Sunday, September 14, 2008

acontece

dias assim

nem penso

beijos

Wednesday, August 13, 2008

il verano



perdona me dio

Monday, August 4, 2008

sem comentarios




and it goes on-and-on

Saturday, August 2, 2008

tres minutos e trinta

o que quero que oucam comeca
exactamente a esse tempo do video
depois eh abismar



nao hah de facto nenhum instrumento
que se compare ah voz humana
e esta vem da Terra, de Africa

a musica eh um pouco show off
mas quem nao conhece
Salieri?

Monday, July 28, 2008

the councields of God

hoje nao te vi
amanha(h) nao me escreves
claro que durmo sozinho

Ele nao me disse nada
e Ele tambem nao

neste limbo penso
como durmo?

passam os anos
e o corpo parece o mesmo
estah atracado entre mim e toda a gente

quando falo uso-o como quando estou calado
quando estou calado uso-o
I'm a very quiet person

eh severo
estar aqui

Saturday, July 19, 2008

o segundo beijo ingles

agora foi mais
serio

ficou um pouco
tugiu o bastante
clarificou-se

as minhas lendas
sao fugazes como as camelias
o teu cheiro emana-me

fiquei a ver o poh do soalho
a lingua se(h)ca
sem randez vous

o norte esvai-se
numa boca
como o preterito

queria o norte
com ele
e as orquidias da minha avoh madeira
os dedos nos dedos dela

a minha mao
sepulcro

Thursday, July 17, 2008

o beijo ingles

eu estava num banco
sentado
debatia a cabeca com a musica insuportavel

vou embora
e aquele olhar que fulmina ao longe
fica

fugi do olhar e acendi um cigarro
sorri para alguem sem o ver
voltei para o banco

o olhar sentou-se ah minha frente
deu-me um beijo e disse
vamos embora

fuji com o olhar dentro de mim
e ele comigo

Friday, July 11, 2008

ao segundo dia

carameliza-se?

soh me apetece escrever
tocar e sonhar
em suma
criar

vou ter que ter uma paciencia de job
para perceber as telhas dos meus ouvidos
inaugurar notas
vulgarizar entrames do menos suposto
perceber as reliquias da orquestra
o alem do piano

vou dormir menos e comer mais
ancorado nos amigos de aqui
e nos do continente
esses que jah fizeram saldos
que me mandam presentes
e olham o meu portugues nao vah
por el rei, mudar a palha
se jah os acentos nao sao como dantes

be careful joiners
I just live one year
at the time

vamos ao terceiro...

Thursday, July 10, 2008

o dia a seguir

quer dizer isso mesmo
a, seguir
segue-se outra vez por esta estrada infinita
as razoes sao como os lombos
assam-se no forno
no fim cobre-se em coentros picados e um gomo de limao
vai ah mesa com vinho tinto e pao na mesa

nao se rezam preces
sentem-se no intimo
trocam-se olhares curiosos antes de todos os pratos estarem servidos
depois arisca-se a conversa
ateh amenizar

depois do gusto, enche-se os papos
os olhares ficam intimos
e brilham
arredonda-se com pudim ou mousse
abrilhanta-se com cafeh

depois sentem-se as cadeiras, a janela e a vista
o dia acaba com beijos e quic(h)a, novos casais
ou o resto de algum

cabe sempre a cada um ser como cada qual

e neste desvelo da alma
sorri-se e diz-se
'nao conheco outra vida'

como a resposta que se ouve muda
e se sente no amago
'entao vive-a'


deixo-vos este "menu"

Wednesday, July 9, 2008

45 veroes

costuma-se dizer primaveras
mas nasci no verao e nao tenho nenhuma prima Vera
tenho sim uma grande amiga com esse nome

o verao na inglaterra eh um misto de chuva e vento com algumas abertas
as temperaturas nao excedem os 16 graus por estes dias
ainda assim dei por mim a sorrir ah chuva
a gozar o vento e a dizer - estou aqui!

meti-me no comboio para a ver a Catarina e o Joao
voltei ah cidade que me acolheu no tenebroso ano de 2004
e pensei no porqueh de tanta infelicidade desnecessaria

voltei um pouco ahs minhas raizes para descobrir que estao em mim mesmo
em qualquer lugar
com todos voces
e este meu espirito que sempre teimou em queixar-se da propria vida

porem, chega
agora vou estar, ficar, ir e voltar
se possivel viver bem, o que por sinal jah acontece
tenho emprego, dividas e alguma saude
amigos, tratantes e ainda nao, amantes
voltei a ter fome e a tocar
me aguarde, viu (ler em brasileiro)

deixo-vos esta homenagem ao cinema que alguns jah conhecem bem
apaguem a luz, acendam os cigarros
os nao fumadores devem usar um aspirador manual silencioso
(soh para castas mais endinheiradas)
no escuro beijem-se, abracem-se e o resto (se for caso disso)
mas dancem

kisses from england


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Saturday, July 5, 2008

calendario

um post subscrito
uma lendia nas minhas camelias
o rosario das minhas mortes
o espaco que Deus me deixa para solver

os meus pacos
as minhas mumias
que me ensurdecem

porque aqui como aih
toda a gente eh surda
deve ser universal

eu digo
branco
e pensam azul
eu dipo preto
e pensam rosa

deviam dizer marfim e depois ebano
tanto faz
a carne nao sao os meus poros
o amor sumui
e eu fui parar a longe de sua magestade

que a sanita seja os poros que o traduzem



fica tudo ahs cores

Monday, June 30, 2008

duas lagostas

"Lagosta é o nome genérico dado aos crustáceos decápodes marinhos da subordem Palinura, caracterizados por terem as antenas do segundo par muito longas e os urópodes em forma de leque. Podem atingir tamanhos grandes (mais de um kg) e têm uma grande importância económica, uma vez que são considerados alimentos de luxo.

As lagostas vivem nos arrecifes, e, para pegá-las, os pescadores entram no mar à noite e na maré baixa com uma luz forte tipo farol de carro ligado a uma bateria do mesmo, capaz de deixá-las imóveis para capturá-las.

Quando a pesca é feita com maior frequência, é mais difícil encontrá-las, pois as poucas que restam ficam dentro de buracos nestas formações rochosas ou até por debaixo delas.

Durante o período de reprodução a pesca de lagosta é proibida no Brasil."


Durante este texto fantastico

Soh pensei nos arrecifes. Deve ser o mesmo que, recifes?
Tambem sublinhei o Portugues usado
e me lembrei da Sardinha (agora diz-se lembrei-me)

Nao acham isto fantastico?

Gosto do mar. E das Santolas.
Adoro Berbigao na minha tez
Ameijoas de Sagres e Navalheiras da Aguda
Hoje comia uma Sapateira de Espinho
Com ovas


Chamo a isto
Lugares sem nome, nomeados
Sabores sem guelras, aguerridos
e um pardapio de vocabulario
que nao sei traduzir

para
eu ver
em ingles


Tuesday, June 24, 2008

o fim do amor

"Love represents a range of human emotions and experiences related to the senses of affection and sexual attraction. The word love can refer to a variety of different feelings, states, and attitudes, ranging from generic pleasure to intense interpersonal attraction. This diversity of meanings, combined with the complexity of the feelings involved, makes love unusually difficult to consistently define, even compared to other emotional states.

As an abstract concept love usually refers to a strong, ineffable feeling towards another person. Even this limited conception of love, however, encompasses a wealth of different feelings, from the passionate desire and intimacy of romantic love to the nonsexual. Love in its various forms acts as a major facilitator of interpersonal relationships and, owing to its central psychological importance, is one of the most common themes in the creative arts."

E foi assim
O amor nao disse nada
e eu tambem nao respondi
fico aqui nesta liberdade de sentidos
agarrado ao bocadinho que tinha perdido
recuperando-o

faz sentido nos sentidos
o sorriso voltou ao mundo
o mundo retorna aos sorrisos
nao estou em lado nenhum
a nao ser que esteja
sentindo-o

jah nao hah soma das partes
sou uno
perdi a dependencia do outro respirar
durmo no meu umbigo
com os olhos no mundo
absorvendo-o

quanto pode durar?
soh vivendo
estou nas curvas e nas rectas
nos lugares comuns
lendo, vivendo e tocando o valor
para poder um dia voltar ao amor



Tuesday, June 17, 2008

vinte horas e vinte e seis minutos

foi o momento em que implodi na razao de o dia nao me ter incomodado
a impossibilidade real de a minha cabeca estar livre de tumultos
obviamente entrei em stress
como em tudo
"soh faltam 12 horas para ter que ir para o casino outra vez"
12, 11,10, trinta minutos, vinte e cinco...
hoje o dia nao teve tempo
que bom


Thursday, June 5, 2008

essencia

serah que existe uma essencia
estarah tudo predestinado
onde eh que eu sobro, e os outros?

serve uma cancao para hoje
um quadro para amanha
vamos comer uma pizza

tens cerveja?
nao gosto dessa marca
mas bebo
a vida nao eh o que parece
mas estou bem

gosto da tua janela
trocas pelo meu bem estar?
mas nao sei se estou bem, nem mal
nao sei onde estou

obrigado pelo olhar
nao comento
nao, nao tenho subsidios
onde?
fico por aqui

quem sabe
amanha o lugar pooderah ser outro
quem sabe
o Meu

Wednesday, June 4, 2008

manifesto da peremela

os raios nao sao azuis
as raizes sao intricadas
o amarelo eh sublime

nao existem respostas
o ar, estah truncado de essencias
posso ficar soh?

na amalgama do preterito
une-me a salvia
outros lugares

de novo
fico

Sunday, June 1, 2008

os beatles por Ela

existe um gajo que nao nomeio que teima em ter os direitos da Shirley Bassey.
por uma qualquer estupida razao deixa ver tudo no youtube mas nao se pode colocar no blog
soh pode ser um energumeno
afinal pode-se ver mas nao se pode

hoje estava a pensar nos meus devaneios
e apeteceu-me ouvir o something

como nao posso deixar aqui o video
espero que encontrem o link
como sempre estah sublinhado
e eh lindo

beijos

Friday, May 16, 2008

a obra adensa

"o crime compensa
a obra adensa
que se faz quando faltam as forcas

pensam-se analogias e tratados
reveh-se a historia
queimados? sempre
pelas duvidas

tormentam os significados, o futuro
a crina esvai-se

fica-se a dever
perdem-se raizes
a soma insignifica"


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deixo-vos estas 18 musicas
feitas nao sei como nem aonde
eh um legado de 10 anos pensado no meio dos tributos
agora vou mexer na orquestra
nao sei, nunca saberei
aonde vou parar
soh sei que queria parar
de remoer

nao consigo

(p.S. a ordem das musica estah pela ordem que eu introduzi no garageband e nao se pode alterar. Dei-me ao trabalho de ouvir e gostei imenso da ordem. Como sempre, sou suspeito)

Friday, April 25, 2008

25 de abril



sem isto nada teria sido feito
nenhum de nos podia argumentar
pensar, sentir, falar

sem isto, o monstro teria sido bem pior que todos os Socrates
os Cavacos, e toda a borralheira que fede sempre quando chega ao poder
nao existiriam sequer os Pachecos Pereiras dos bairros obvios

sem isto nao havia a musica toda que aconteceu depois
perdiamos o Sergio, o Branco e o Canibal
nem nunca tinhamos visto o Salo do Pasolini na Rtp2

pode ser que seja um orgulho sozinho
mas neste dia sabe-me sempre a mais
mudo o paladar

hoje devia comecar a primavera outra vez


beijos a todos

P.S. - tudo o que escrevi aqui jah hah muito foi escrito por muita gente, para perceberem melhor leiam o que o Carlos Araujo Alves(soh mesmo ele para incendiar a minha cabeca) postou no blogue dele e sobretudo oucam isto do Jose Mario Branco que estah lah.
Parem a cozinha, o aspirador e a televisao, parem para ouvir isto. Eh tempo ganho

Wednesday, April 16, 2008

fome de femme

estava em Reading a trabalhar no Casino mas ainda como empregado de mesa, de bar, de restaurante e na cozinha, quando recebi um convite para ir tocar com a Ana Deus nas quintas de leitura do teatro do campo alegre em Outubro de 2003
lah arranjei maneira de ir a Portugal por 6 dias, para poder ensaiar com ela antes do espectaculo

a ana tem sempre surpresas, e queria cantar uma cancao que ela fez para um filme do Joao Canijo mas que para o filme nao ficou completa

foi para mim um milagre ter conseguido vestir a cancao desta maneira, na altura fiquei muito surpreso com a letra da Regina Guimaraes porque estah em Francugues e diz assim:

Fome de femme

Soif de vingança
fome de apetit
pour remplir la pança
cada coisa tem seu prix

se barato é o silence
mais caro sera le cri
neste pays da França
chacun olha por si

Et si le corps acordar
un jour de rabo para o ar
bendita seja esta force
personne ne peut la parar

encontro muito isto nos raros portugueses com que me cruzei aqui em Southampton
mas a mistura eh com o ingles
nao raro tambem encontro-me a pensar em ingles e a misturar palavras portuguesas pelo meio

quero partilhar aqui esta musica que acho sublime


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e aqui estao as duas numa foto que tirei emprestada da ana


espero que gostem

Monday, April 7, 2008

o sindroma do tungestenio

obviamente eu nao faco parte desta tabela periodica
sou louco, por tudo, um pouco
mas gosto de quimica, dos processos

sou agnostico porque faco parte da miseria de Deus
e
porque conheco o sublime

gosto do nao estar
do nao pertencer
do que

estou, tambem, doente
no que ahs cabecas diz respeito
porque preferia gostar de uma qualquer novela
algo que nao passa pelo Mozart ou pelo Bach

queria encontrar uma forma de ser eu
mas sou descontinuado, contrafeito, contra as regras

amo sempre o que nao quero amar
doi-me sempre o que nao parece existir
e
passo-me

beijos

partilhar leituras

O NOME, EVITARAhS O NOME, A IDEIA.
Esquece Itaca, ao contrario do que dizem
Nao lembres esse porto, nao o pisem
Teus pes na mente mais, desfez-se a teia.
Marujo que ontem foste hoje es da terra,
Em terra as velas plenas nao as chames,
Na noite do delirio nao o exclames,
O nome, a lingua morde, os dentes cerra.
Nao digas Em memoria o sonho o sigo
Que o sonho eh futuro sem memoria;
Diz antes Nao sou digno desta historia
Nem deste vasto ceu, do mar indigo.
Aceita a tua sorte, ahs aguas lanca-a.
Alija o lastro, o cabo corta, avanca!

Daniel Jonas, Sonotono, Poesia, edicoes Cotovia
(com autorizacao expressa do autor)

(avanca?com cedilha, obviamente 'que nao tenho'?)

mais uma vez sou 'obrigado' a partilhar algo que li; pela simples razao do portugues, ou da mensagem, ou, porque eh tao farto. Tenho que partilhar.
aqui fala o "Daniel Jonas", amigo de peito, do cabrito, de Portugal, dos Depeche Mode, que conheci na primeira vez que fui convidado para fazer musica nas "quintas de leitura" do teatro do Campo Alegre". Foi uma noite que nao esqueco porque o unico poeta que nao quiz trabalhar comigo foi mesmo ele. Apesar de tudo, foi dele que mais gostei, e por alguma razao implausivel, ele gostou de mim, ao piano.
com as garantias devidas, deixo-vos isto, para lerem, para se suicidarem se tiverem coragem, ou mesmo para dizerem o 'credo'.
o livrinho chama-se sonotono (com acento no segundo 'o'), a capa eh cinzenta, diz DANIEL JONAS, depois tem uma linha branca, depois diz o nome do livro (que eu jah disse).
Depois no permeio final, embora em maiusculas diz, POESIA.
No canto inferior direito tem uma mancha de um passaro (edicoes cotovia) que nem melro nem corvo, mas que as patas parecem sonegar mais uns parcos meses de viagem.

na pagina 48 , livro aberto, pagina da esquerda
escreve assim o Daniel este soneto.
(os acentos teem convenientemente um "H" porque o meu teclado nao tem essa estupidez portuguesa, jah nem falo das cedilhas porque soh me apetece dizer proh c...) claro que vos imagino a ler "itaca" com acento no 'I', senao dou um tiro nos melros.



Friday, March 28, 2008

o deputado holandes

Geert Wilders, deputado holandes fez um filme hediondo que passa agora no youtube.
Nao ponho aqui o video porque sou absolutamente incapaz de o fazer, mas acho que toda a gente deveria ver.
Eh sobre o corao. Usa sem direito absolutamente nenhum a musica de grieg
para inflamar odios perfeitamente hah beira da rotura, numa total incapacidade cultural de fazer um juizo etico, de valor, de humildade perante a atrocidade que se passa entre o "nosso mundo ocidental" e o resto.
acontece que ninguem sabe exactamente o que se passa
aliahs, ninguem se passa com nada, nem quer saber porque eh demasiado
"demanding"
quer dizer que cada um parece viver a tentar esquecer o que se passa com todos
aqui, refiro-me ah inglaterra, ninguem veh as noticias, porque deprime...
toda a gente leh o "the sun" e sabe tudo sobre a "little maddie" que agora tem outro nome porque jah esqueceram, mas nem um vulgar de olho sobre o mundo em si
ouvem todos as mesmas musicas, onde quer que se vah. Eh ensurdecedor!
mas este video diz tudo sobre o agora
a surdez imensa, a estupidez insana, a seriedade do anti-ectico, os comentarios ao video sao um livro ah globalizacao.
Toda a gente se odeia e parece que ninguem consegue ver para alem do preto e do branco

fico a pensar

soh me vem ah ideia esta historia entre o cao e o gato:

se o cao nao conhecer o gato se puder mata
se o gato nao conhecer o cao se puder defende-se
se o s dois forem criados juntos, dormem juntos
o gato irrita o cao e vice-versa, mas sao amigos para sempre
mas o cao nao deixa de matar os gatos que nao conhece
nem o gato se deixa de defender dos caes que se lhe atravessem ah frente

nohs, humanos, sabemos ver isto mas parece que estamos cegos
gasta-se mais dinheiro hoje em dia a proteger animais do que seres humanos
gasta-se mais dinheiro hoje em dia a alimentar animais domesticos do que as pessoas que teem fome,
e
sobretudo
gasta-se mais dinheiro a alimentar guerras do que a escrever a paz

quando eh que isto pahra?

Wednesday, March 12, 2008

england, the south 01

longe

de perceber

esta merda

mas hoje conheci
pela primeira vez
alguem que falou comigo com outros interesses
nunca mais a vou ver

em Portugal, fala-se que jah nao se conhecem os vizinhos
aqui...
muda-se de quarto

sempre
para ultimo

(eu trabalho aqui, e agora)

Tuesday, March 11, 2008

a ler


li isto no publico on-line e senti necessidade de divulgar


O meu problema de cristão é que a Igreja me escandaliza

09.03.2008, António Marujo

Comunista, marxista, católico, homossexual. O filósofo italiano Gianni Vattimo, que já foi eurodeputado, diz que é possível o encontro entre o niilismo de Nietzsche e o cristianismo. É contra a ideia do direito natural
e afirma que a Igreja lhe cria vários obstáculos à fé




Nascido em Turim em Janeiro de 1936, Gianteresio (Gianni) Vattimo tem trabalhado a questão do retorno ao religioso e o pensamento de Nietzsche. Em português, há vários livros seus publicados, incluindo Acreditar em Acreditar. O filósofo esteve na Universidade Católica, no Porto, esta semana, a falar sobre o regresso do religioso.

PÚBLICO - Assume-se como comunista, marxista, homossexual, defende o niilismo e a secularização. É por tudo isto que é cristão ou é tudo isto apesar de ser cristão?
GIANNI VATTIMO - Sou cristão e tudo isto, sem muitos conflitos. É evidente que não sou homossexual por ser cristão. Mas se sou comunista, sou-o apenas porque sou cristão. Sendo um bom pequeno burguês - professor universitário, rendimento de classe média tranquila - porque havia de ser comunista? Tornei-me comunista, mas já o era enquanto jovem católico militante...
Na Acção Católica?
Sim. É verdade que a questão é muito histórica italiana. Tornei-me dirigente da Juventude de Acção Católica nos anos 50. Naquela época, o problema estava muito ligado à história social da Itália: a reconstrução do pós-guerra, a Democracia Cristã liderada por Alcide de Gasperi.
A pergunta era: os cristãos devem contribuir para manter a ordem burguesa ou mudá-la? A Igreja queria manter a ordem burguesa. Mas muitos cristãos de base - jovens, operários - queriam ser socialmente mais abertos. Eram "catocomunistas", como se diz. No fundo, fui sempre um catocomunista, às vezes, mais "cato", outras mais comunista. Mas, fundamentalmente, nunca mudei.
A minha aventura de filósofo levou-me longe dos pensadores mais classicamente cristãos. Naquela época, lia [Jacques] Maritain, Emmanuel Mounier, os grandes pensadores do humanismo cristão moderno. Por causa do meu empenhamento religioso, aproximei-me dos pensadores críticos da modernidade. Estudei Nietzsche, depois Heiddeger, mas sempre por causa das minhas posições cristãs.
A sua família era católica?
Sim, mas muito débil. O meu pai morreu quando eu tinha ano e meio. Fui educado na rua, na paróquia. O meu destino depende de duas senhoras que tinham uma drogaria ao lado de minha casa. Um dia, disseram à minha mãe para me mandar à catequese, aos poucos tornei-me um pequeno santo.
Esteve no Partido Radical, nos Democratas de Esquerda [DS], agora está no Partido dos Comunistas Italianos...
Também já não estou nesse partido, porque fui marginalizado.
... mas o comunismo já não está na moda...
Durante muito tempo, considerei-me cristão de esquerda. Tornei-me deputado europeu com a DS. Mas sempre vi ali a afirmação de uma visão liberal-capitalista da sociedade. Dei-me conta da excessiva dependência da Europa em relação aos Estados Unidos.
Defende que a Europa deve ser mais independente dos EUA?
Sim, mas talvez seja um pouco tarde. Ao menos que sejamos uma colónia mais ou menos resistente. Estamos no Afeganistão com a NATO. O que tem a ver o Afeganistão com o Atlântico Norte? Os Estados Unidos são uma potência em declínio, mas agitam-se para manter a primazia.
Durante muito tempo, pensei que a democracia americana fosse um modelo. Estou muito desiludido com o Ocidente. Há um problema de imperialismo das multinacionais para com outros povos.
O seu itinerário religioso aproximou-o da Igreja Valdense, regressou depois ao catolicismo. Não é um retorno fora de tempo?
Nunca acreditei que devia abandonar a Igreja Católica por uma outra Igreja cristã. A ideia de converter-me do catolicismo ao luteranismo não me passa nem pela antecâmara do cérebro.
E a Igreja Valdense?
Aproximei-me só porque a Igreja Valdense aceita bem os homossexuais. Na Itália, oito por mil do imposto [sobre o rendimento] pode ser dado a uma igreja. Eu dei à Igreja Valdense, porque a Igreja Católica tratou-me sempre como uma ovelha negra. Mas não me sinto em polémica, tenho muitos amigos padres - há uma espécie de baixo clero e alto clero: quando ficam bispos, tornam-se reaccionários.
Recentemente, uma sondagem em Itália mostrou que 67 por cento dos católicos praticantes não tem nada contra as uniões de facto homossexuais. Devo dizer que esta temática, para mim, se tornou relativamente marginal, um pouco porque estou velho - poderia mesmo tornar-me frade.
Porque é que a Igreja condena, então, a homossexualidade?
Por razões disciplinares, porque tudo se refere à ideia da natureza. Logo, o vício impuro é contranatura. A Lutero pediu-se desculpa, a Galileu [também]. Os únicos a quem a Igreja nunca quis "des-excomungar" são os homossexuais.
Uma boa razão é que há vários padres homossexuais e é preciso defender a Igreja. A outra é a ideia de natureza na base de toda a moral católica: o sexo serve para a reprodução, há uma sexofobia. Mesmo na questão da bioética a Igreja quer saber qual é a natureza do homem.
Chegou a afastar-se da prática religiosa, como conta no seu livro Acreditar em Acreditar...
Afastei-me um pouco da prática quotidiana. Dos 15 aos 25 anos, eu ia à missa todos os dias, comungava, recitava o breviário, era um pequeno padre. Quando estive na Alemanha a estudar, praticamente deixei a prática religiosa: o meu compromisso religioso estava muito ligado à luta político-religiosa italiana. A experiência católica dos jovens na Itália dos anos 50-60 era mais político-religiosa que mística.
Agora também pratico pouco, porque me conhecem, sabem os meus hábitos, perguntam "o que quer aquele?". Mas gostaria de frequentar mais a igreja, os sacramentos...
Escreveu que este retorno tem a ver com a experiência da morte. Mas hoje a morte também é escondida e não se fala dela...
Penso pouco na morte. Falo do retorno a um certo discurso religioso e da crise da metafísica. Já não há razões filosóficas para ser ateu. O cientismo é uma filosofia relativamente superada, o historicismo também. Estes dois grandes horizontes do ateísmo moderno já não contam...
Então Deus não morreu?
Quem o sabe? O Deus do teísmo, o Deus moral, garante da ordem natural do mundo, para mim morreu verdadeiramente, porque não precisamos dele. Quanto mais inventámos o pára-raios e a tecnologia, menos devemos rezar para que não nos caia um temporal em cima. Mas isto não quer dizer que o Deus cristão fosse esse Deus.
Sempre pensei que Nietzsche, no fundo, era um pensador cristão, que decretava a morte do Deus metafísico. O Deus metafísico foi sempre muito difícil de suportar mesmo para os cristãos - como se explica o pecado, a predestinação? O Deus de Jesus Cristo, para mim, ainda está vivo.
Esse Deus que Nietzsche decretou como morto é o Deus em que a Igreja ainda crê?
Até certo ponto, sim, no sentido de que esse Deus é o garante da ordem natural. Depende sempre da ideia de que na Bíblia está a verdade sobre a ordem natural do mundo. Provavelmente, não é assim: na Bíblia, está o convite à salvação da alma. Para saber como devo salvar a alma [não] tenho que saber se o sol está quieto ou gira...
Nietzsche defende que Deus morreu depois de ter realizado o seu escopo: crer em Deus serviu para organizar uma sociedade ordenada e também para construir a ciência moderna, porque o monoteísmo é fundamental para pensar o mundo como sistema físico. Logo, este Deus já não servia.
O ateísmo de Richard Dawkins e outros pensadores actuais situa-se na mesma linha de Nietzsche?
Creio que esses estão muito seguros de si para serem nietzschianos. Nietzsche não estava convencido de saber tudo ou que a ciência soubesse tudo. Era um pensador do jogo de interpretações, da presença humana no mundo, que se conhece na medida em que o interpreta.
Dawkins e outros parecem-me banalizadores de tudo. [Christopher] Hitchens diz que a Igreja fez maldades. Já sabemos. Também os estados o fizeram. A popularidade destes autores, que não nego, está ligada à popularidade do fundamentalismo cristão. No Verão de há dois anos, houve dois best-sellers em Itália: um era o livro d[o Papa] Ratzinger; outro é de um matemático que queria calcular a que altura tinha chegado a Virgem, subindo com o corpo ao céu. O problema é este discurso denotativo, descritivo, literal, que a Igreja continua a querer.
As igrejas na Europa estão vazias, a secularização progride... Que retorno do religioso é este?
Há uma certa popularidade da pregação religiosa num mundo em que as pessoas estão desorientadas. Tome-se a bioética: manipular os embriões é algo que disturba, nunca tivemos este problema...
Mas as posições da Igreja nesta matéria são também contestadas.
Mas também são muito escutadas. Quando discuto bioética, prefiro sempre que fale primeiro o teólogo. A tradição cristã apresenta-se sempre como se tivesse algo mais que o pensamento laico.
Há uma reacção de agorafobia perante as novidades tecnológicas. O autêntico retorno ao religioso seria pós-metafísico, tomando consciência de que estamos no mundo para experimentar que temos muita liberdade e para fundar normas, não sobre a pretensão de saber tudo acerca da natureza (que não é um termo útil para raciocinar), mas sabendo que as leis estão sempre nas nossas mãos.
Não creio no direito natural, não posso fundar a lei do Estado sobre o direito natural. Posso, como cristão, fundá-las sobre a caridade e, precisamente por causa da caridade, organizar a convivência.
Mas o Papa acredita no direito natural.
Sim, naturalmente. Gustavo Bontadini, pensador católico italiano, dizia que a Igreja quando está em minoria, fala de liberdade e, quando está em maioria, fala de verdade. A tal ponto que eu, a brincar, queria fundar o movimento anti-clerical cristão.
Eu não quero desprezar a Igreja. Queria que a Igreja fizesse menos pressão. Frente à secularização, a Igreja sente-se mais ameaçada e pressiona mais, o que provoca o efeito contrário [ao pretendido].
O retorno inclui também o fundamentalismo?
Sim, porque quando não é acompanhado da crítica da metafísica, o regresso do religioso torna-se agorafóbico, é uma reacção nevrótica, cria defesas. Mas também depende da mediatização: é estranho que as igrejas estão vazias e, quando fala o Papa, acorrem multidões a ouvi-lo. É um fenómeno do retorno ao religioso ou da massificação televisiva? Não sei.
Defende que é possível o encontro entre o niilismo e o cristianismo. Como?
O processo do niilismo é como uma tradução da ideia de encarnação. É o abaixamento de Deus, que é o sentido próprio da modernidade, da secularização, contra o qual a Igreja sempre recalcitrou...
É esse o "debilitamento" de Deus, de que fala?
Sim. Há um sentido na história: diminuir a violência. A história não tem como escopo chegar à perfeita humanidade - que nem sabemos o que é. Tem o escopo de reduzir progressivamente a violência, mesmo no sentido cristão, substituindo a verdade com a caridade.
Diz que só um Deus relativista pode salvar. O Papa actual condena o relativismo...
O relativismo é difícil de compreender a não ser como facto político. Nunca conheci um relativista que diga "eu penso isto, mas se tu pensas o contrário, tens igualmente razão". Isto não existe, só como liberalismo social. Quando o Papa fala contra o relativismo, está a condenar uma sociedade que é pluralista. E isto é perigoso. Quando a Igreja está em maioria fala de verdade, quando em minoria fala de liberdade.
Disse na sua conferência que a hierarquia católica toma a Igreja como uma organização militar. Estamos sempre perante um poder?
Parece que sim. A defesa da natureza humana serviu sempre para impor a concepção católica aos não-crentes.
A Igreja diz que a regra moral não deve ser a da maioria.
A maioria não é a regra moral, deve ser a regra política. Por isto, não sei até quando me professo como crente. O meu problema de cristão é que a Igreja me escandaliza, isto é, cria-me obstáculos a crer, quando diz que não devo usar preservativo, que não devo ser homossexual, que não deve haver divórcio em Itália, que a eutanásia não se pode sequer discutir na lei civil.
Tudo isto é escandaloso, afasta-me. O que querem? Que fiquem três ou quatro gatos, mesmo que sejam robustíssimos, como um exército preparado? Se querem isto, eu sou pacifista, não quero fazer parte deste exército.

Saturday, March 8, 2008

obrigatorio divulgar!!!

simplesmente surpreendente
nao encontro adjectivos para isto
soh isto -
temos que ver e ouvir e divulgar
eh invulgar e absolutamente fantastico

Thursday, March 6, 2008

como ignorar isto?



dead can dance

Tuesday, March 4, 2008

lembra-te


lembra-te que nao es o senhor do mundo
se fores
estahs errado

lembra-te que ainda tens de dormir outra vez
os outros tambem
para acordarmos

lembra-te que se te doi a perna esquerda
pensa na direita
e no que nao doi

lembra-te da dor quando nao a tens
porque doi aos outros
o teu silencio

lembra-te do amor quando nao o tens
pode ser que mude
e
seja
outro

por fim

lembra-te que nao hah prova da existencia de Deus
e se existe para ti
nao eh Ele que estah contigo
mas tu que estahs com Ele

Friday, February 29, 2008

a voz eterna





sem comentarios

Tuesday, February 26, 2008

o novo sonho americano

vale a pena ouvir isto




e se ele ganhar?

Monday, February 25, 2008

petição entregue

poderia ser uma historia como outra qualquer
mas nao eh

o Carlos Araújo Alves
tambem nao eh uma pessoa qualquer
mas eh uma pessoa que quer ser uma qualquer pessoa
como todas as outras
que se interessam por este Portugal tao mal tratado

tem um blog, como muitos de nos, mas diferente
porque eh um blog atento e feito para servir
as causas dele, de nos e tambem de mim
porque ninguem comeca uma coisa assim
se nao tiver uma razao como esta
(ver o video antes de continuar a ler!)

que serve para mostrar como os musicos de uma geracao
se misturam com outros de uma geracao de agora
e fazem estas coisas que todos devemos aprender
ou a fazer
ou a saber ouvir
mas, sobretudo, a entender
que estes musicos que acompanham este senhor

sao fruto de um portugal que conseguiu sair de uma cepa torta
para um portugal melhor

o governo quer estragar de uma forma
arbitraria
o pouco que se conseguiu com estes
ainda poucos
anos do portugal de Abril

o carlos nao quer
eu tambem nao
todas as pessoas que assinaram a peticao tambem nao
e as milhares que leram e nao assinaram tambem nao
deviam, se calhar, ter assinado
mas nao se pode querer tudo

fica aqui este meu humilde agradecimento
solidario
com o carlos

Monday, February 11, 2008

aonde ficamos



" Susana Serrano comenteu no meu ultimo post...

Ricardo eu percebo as saudades, mas já te esqueceste que tudo o que nomeias no teu post acabou por não ser suficiente?"

da saudade:

no meu entender nada tem a ver com saudade
a saudade eh algo que nao podemos reviver
faz parte dos magicos momentos em que fomos felizes por instantes

vivemos bizarros momentos em que fica marcado como um tatoo da alma
por vezes a sua intensidade leva-nos a ter reaccoes dolorosas na solidao nao por queremos vive-los de novo mas por nunca nos chegarem

uma das coisas que assusta estando aqui , e devido ah minha maneira de ser. vou cultivando pequenos lacos com gente, a quem nem me passa pela cabeca se teem essa preocupacao, ou nao, de alguma vez se lembrarem de mim, ou do que passamos em conjunto, no entanto vou guarda-las para para sempre

o "issue" aqui sao as raizes que me asseguram a forca de ter a base para conseguir continuar um trabalho, que por razoes que desconheco, temho sido incapaz de assegurar por mim proprio. Para melhor me reformular; o caminho para a minha musica (e esse quer eu queira quer nao, serah sempre o meu trabalho - independente do resultado, divulgacao, etc) vive do que eu vivo, onde quer que esteja

desde as casas, o verde sempre igual (parece soh existir um), os "bricks" (vulgo - tijolos ingleses) que cobrem a vista nunca num espaco superior a100 metros porque a inglaterra eh "flat".

e o meu esforco tem sido, perceber este pais, o velho habito de comprar o jornal (neste caso o Independent, o Times stinks neste momento). Sair de casa (do quarto) para ver a unica hora de dia antes que anoiteca, ir ao pub, porque nao ha cafes, onde jah sou conhecido pelo independent. ninguem leh nada a nao ser o "Sun", que para os que sabem eh um jornal sem palavras. o nosso 24 horas. tambem adianta dizer que o " publico" parace as noticias de borba ao lado do independent.

mas aqui nao se passa nada, porque se passa tudo num unico sentido, faz-se dinheiro ou nao se faz nada. a quantidade de dinheiro que este pais tem eh pornografica (convem dizer que estou a falar da inglaterra e nao de Londres - esse outro pais)

do "mas já te esqueceste que tudo o que nomeias no teu post acabou por não ser suficiente?"

soh posso escrever uma pergunta: "mas estou aqui ou nao?".

tenho que entender que nada me eh suficiente, e isso jah tenho ah muito comigo. neste momento jah nao considero sequer omeu trabalho no casino como um emprego, estar a lidar com adiccoes tao monstruosas como aquelas, torna-nos muito mais resistentes. eu faco o papel do que tira o dinheiro a pessoas que nao sabem mais do que quererem ganhar um vazio. ainda por cima fortunas que somadas em todo o sul de inglaterra deixavam Timor uma terra de gente mais feliz.

por ultimo, jah fiz mais musica desde que cheguei aqui do que em todo o ultimo ano inteiro. mas como sabes essa musica soh sai daqui para todo o lado possivel quando eu achar que estah acabada. De momento parece uma amalgama na cabeca. Obviamente talvez os dedos, o computador e os programas musicais sao o meu calcachar-de-aquiles. A informatica eh capaz de ser a maior chatice dos ultimos anos. As orquestras digitais sao um perfeito caos de no-sense. E infelizmente tenho uns ouvidos demasiado exigentes para me servir qualquer coisa. Eh preciso produzir, optimizar, misturar, e, sobretudo nao deixar que a tecnologia estrague o que eu de facto quero que as pessoas oucam. Falta-me tambem a forca do valer a pena

Sei que vais gostar quando ouvires, conheco-te, mas a minha musica eh tudo o que sobra da minha auto-estima.

Achei que escrever ah mao era mais bonito.mas perco-me-me muito quando meto algo no papel.

Confeso que estou sempre ah espera de receber uma carta tua no verso de um papel do meu banco, quando estas na esplanada.

Deixo isto aqui porque achei que podia ser publico.

beijo

p.s.(ainda choro com o teu video. It's amazing")

love you







Sunday, February 10, 2008

deixa-me ir viver para a tua vida

apesar de eu me cansar demasiado

e ainda assim
ter tempo para tudo

porque
sabes
estou sem vida por enquanto

tentei trazer-me para cah
mas fiquei aih

no teu rio
nas tuas ruas
nas tuas pessoas
no teu som que me tira a ansiedade
na liberdade de me reconhecer nessa gente
perto do que sinto meu

queria repousar a cabeca no teu mar
passear o corpo no electrico
subir ao Carmo
ficar na Trindade
comer as tripas no sr. joseh

insultar a besta que meteu o carro ah frente
dizer mal do rivoli
queixar-me da cultura
do ensino
do presidente

encontrar cinco cafes por rua
e ir sempre ao mesmo
nao dizer nada e ter o cimbalino e o copo de agua

depois

esperar os amigos
rir-me com o daniel e o mario
esperar pela maria
aturar o francisco
ver a mae
tocar com a ana
sentar-me ao piano no campo alegre
visitar a vera
encontrar pessoas que foram alunos
alunos que jah sao pessoas
gente de ah muito tempo

enfim
ficar no meu

porto

Thursday, January 31, 2008

para a maria

os amigos partilham os senaos
os sims e os, nao posso agora
mas hah momentos em que os amigos estao ateh no fim do mundo
sentem-se felizes soh por nos verem
falam connosco as horas que forem precisas
(no caso todas as disponiveis)
depois voltam ah sua vida porque todos temos uma vida onde temos de estar
a maria veio
deu-me todo o tempo que tinha
disse-me tudo o que sentia
ouviu-me, acarinhou-me e ficou comigo
para sempre
deixo-lhe aqui uma homenagem
nessa reliquia americana que se chama James Taylor
tambem deixo a mais recente foto que me foi tirada, obviamente por ela
foi a 28 de janeiro de 2008

Sunday, January 27, 2008

os meus genesis

confesso que fiquei extasiado quando descobri estes bocadinhos de algo que conheci aos 10 anos de idade. Ja lah vao 34. Infelizmente soube a pouco ateh porque completo soh estes dois videos que nao sao para mim suficientes. Vi bocadinhos deliciosos do que gostava mesmo de ver mas nao fazem sentido assim dispersos. Suponho que o Quico vai gostar bastante se alguma alma lhe disser para dar uma vista de olhos ao blogue.



Saturday, January 26, 2008

sentado

jah nem ao longe me vejo
sem espelho
sentado
ruminante

tudo me passa onde nao se passa
moido
comido
roido

sobra este alvoroco
acordar onde nao estou
perceber que nao sou
e o piano ali

nem a sombra do dedo se move
nem me sento
como se mexe o pulso?
nao importa

nestes profundos silencios
toca uma televisao
raia o dia quando devo dormir
cai a noite para acordar

sobra o Teu sorriso
- paspalho

Friday, January 18, 2008

a madrinha

eh um link que vale a pena ler
por acaso eh sobre a irmah da minha mae
que por acaso eh minha madrinha
e que sem querer me deixa orgulhoso
ainda que tao soh mesmo que nao fosse
tinha prazer em ter lido

se calhar nada eh por acaso
e se for tambem estah bem

leiam lah

Thursday, January 10, 2008

o mundo na voz dela

a ana (uma das minhas anas - tenho muitas) na nossa musica
fizemos os dois
desentendemo-nos depois
a regina que escreve estas coisas e muitas outras
os TTT, para quem nao sabe; tres tistres tigres



isto tudo foi muito antes
do publico saber
ainda assim na altura fizemos bastantes cancoes
soh estou como compositor em algumas do disco
esta eh a mais conhecida
algumas outras (principalmente a que eu gostava mais - que ainda hoje gosto e ninguem conhece - excepto, claro, ela) nao foram sequer gravadas

no primeiro disco
os tigres sairam com arranjos que me envergonham
a musica era minha tambem
mas eu jah nao estava lah
o disco soh saiu um ano e meio depois de ter composto esta e as outras

mas esta voz unica, e a compositora que ela eh
e o depois desses anos com ela
no meia-cave
em vila real
em guimaraes
no algarve, gravida de gemeos

e desde ah uns anos no campo alegre

as musicas que jah fizemos

vou dizer uma coisa (nao sei se ela estah a ouvir)
ainda temos um disco para fazer

nem que seja nas calendas

Monday, January 7, 2008

partilhar um texto unico


"Ou fosse Terra, Lua, globo ou nada



Por favor, abre os olhos, os ouvidos e os braços do coração.
A bola de cristal que vais ver é para ti. Antes de mais, para ti.
Tirei-a do espaço virtual e ofereço-ta pura, simples,
despojada e estática, como uma bola de sabão que dura eternamente,
uma bola de açúcar que apetece comer, uma bola de neve que se contém
nas mãos que se abrem com incessante gratidão para o cosmos.
Com a bola suspensa, deixa fluir a música.
Nestes cinco minutos do teu correio de Natal és convidado
a limpar a mente da pressa, do movimento e do ruído
e a concentrar-te no estático, confirmando, numa breve
meditação, que o pequeno é como o grande, tu,
Terra, Lua ou globo de cristal se interpenetram,
o cosmos a ti vem e o cosmos te pertence porque tu e o cosmos são um.
Com os braços do coração, embala-o,
envolve-o de ainda mais fulgor. Inclui nessa luz todos os que amas,
os que são felizes, mas igualmente os que sofrem,
te fizeram sofrer e não amaste alguma vez.
Agora, que passaste da diferença para a plenitude,
poderás conhecer a respiração do movimento perpétuo
e a paz profunda, nem que seja no lampejo de um momento de eleição.
Poderás conhecer o teu eu verdadeiro,
o que não distingue o eu e o outro, o dentro e o fora,
Deus e o homem,
um instante e a eternidade que,
como afirmou Santo Agostinho, são a mesma coisa.
Inspira profundamente essa paz antes de regressar ao teu tempo normal.
Com esse globo de luz nos braços ou no bolso próximo do coração,
poderás partir para um ano mais alto.
E necessariamente mais feliz.


Porto, 31 de Dezembro de 2007

Vera Vouga"

o meu mozart

nao procuro gostar nunca mais desta ou daquela musica
nao procuro gostar nunca mais desta interpretacao ou daquela
acontece
estas nao sao as interpretacoes que gosto mais desta musica
mas esta musica eh para mim a mais perfeita do mozart
apesar de nunca ter sabido o que quer dizer "mais perfeito"

espero nunca vir a saber

neste primeiro exemplo escolhi este video porque se veh a pauta
eh soberba a simplicidade de algo tao imenso
se calhar soh Deus estah ah altura disto
ou isto ah altura D'ele



este segundo video eh porque isto nao acaba com o kyrie



tambem nao acaba assim, mas nao encontrei melhor

P.S. - eu tenho um disco (CD duplo) onde estah de facto a versao que eu gostava que toda a gente pudesse ouvir
como de loucura sempre tive um pouco, acabei por emprestar nao sei a quem, nao sei quando, soh para partilhar. Soh me lembro que eh da Decca, tem o Requiem no CD 1 (nao a versao que mais gosto - essa eh a do John Aldis) no CD 2 tem esta missa mais a da Coroacao, soh que eh a Cotrubas que canta estes dois bocadinhos e eh incomensuravel. Para melhor situar, a primeiro soprano eh a Kiri Teka e o tenor, o Fischer Dieskau. A caixa eh de cartao e para mim nao existe melhor interpretacao. Comprei em Hong Kong e isso nao ajuda. Desculpem esquecer o resto dos pormenores.
Faz parte do mozart. o meu (claro)