Sunday, February 10, 2008

deixa-me ir viver para a tua vida

apesar de eu me cansar demasiado

e ainda assim
ter tempo para tudo

porque
sabes
estou sem vida por enquanto

tentei trazer-me para cah
mas fiquei aih

no teu rio
nas tuas ruas
nas tuas pessoas
no teu som que me tira a ansiedade
na liberdade de me reconhecer nessa gente
perto do que sinto meu

queria repousar a cabeca no teu mar
passear o corpo no electrico
subir ao Carmo
ficar na Trindade
comer as tripas no sr. joseh

insultar a besta que meteu o carro ah frente
dizer mal do rivoli
queixar-me da cultura
do ensino
do presidente

encontrar cinco cafes por rua
e ir sempre ao mesmo
nao dizer nada e ter o cimbalino e o copo de agua

depois

esperar os amigos
rir-me com o daniel e o mario
esperar pela maria
aturar o francisco
ver a mae
tocar com a ana
sentar-me ao piano no campo alegre
visitar a vera
encontrar pessoas que foram alunos
alunos que jah sao pessoas
gente de ah muito tempo

enfim
ficar no meu

porto

5 comments:

Mary said...

e o SG Gigante?
até breve
bjo

Susana Serrano Pahlk said...

Ricardo eu percebo as saudades, mas já te esqueceste que tudo o que nomeias no teu post acabou por não ser suficiente?
Um beijo e escreve para o meu email, ou escreve por carta mesmo, com papel e tinta, afinal também gostas das cartas que te mando de vez em quando.
Susana

isabel mendes ferreira said...

ao piano. no porto seguro.




boa noite.


beijo.

feniana said...

eu acho que não conseguia morar noutro lugar, se não no porto!

talvez num coração que tivesse um rio dentro, um rio douro, nevoeiro granito e muitas ruas estreitas e uma foz também.

bjo

Anonymous said...

Agora rimo-nos um bocadinho menos no café. Já não há o Gigante nem os mais pequenos a arder sobre a mesa, temos que ir até à porta, como na pausa burocrática de um emprego, para acender os cigarros e tentar, ainda assim, rir um pouco.

Um abraço,

M.