Monday, April 27, 2009

terror insano

José Afonso eleito 4º melhor cantor pela redacção da revista Blitz
Posted: 26 Apr 2009 11:52 AM PDT
A fadista Amália Rodrigues foi eleita a melhor cantora portuguesa de sempre pela redacção da revista Blitz, uma votação revelada na edição de Maio que inclui ainda as vozes de Carlos do Carmo, António Variações e José Afonso.
A edição de Maio, colocada hoje à venda, apresenta uma lista nacional e internacional dos melhores cantores de sempre, escolhidos pela redacção da publicação mensal e pela revista Rolling Stone, respectivamente.

A lista dos melhores portugueses é liderada por Amália Rodrigues e integra ainda mais dois nomes do fado: Carlos do Carmo, em segundo lugar, e Mariza, em quinto.

A redacção da Blitz elegeu apenas oito cantores portugueses, quatro mulheres e quatro homens.

Em terceiro lugar figura António Variações e em quarto José Afonso, ambos falecidos nos anos 1980.

Paulo de Carvalho surge em sexto, Maria João em sétimo e Teresa Salgueiro em oitavo.

Os cantores eleitos pela revista Blitz são descritos na edição de Maio por oito músicos portugueses e os textos são acompanhados por sugestões de temas e de artistas que terão influenciado.


o que é isto?
não sei
como comparar a Amália com Zeca
portugueses?
Maria João?
lentilhas?

help...
 

Saturday, April 25, 2009

eu vim para longe - 25 de Abril



eu vim para longe
mas estou aqui
e aí e na américa
estou em todo o lado
a um passo do meu rato
no dedilhar deste teclado
português

com os cravos que comprei no supermecado a olharem para mim
ó pra eles a cantar



bem sei que são roxos
mas isto é inglaterra
e aqui até os amarelos serviam

e lembro o comentário da susana aqui

a dizer que em portugal não cheira a revolução
o que será então este cheiro?  e este?

o que aprendi com abril é que se muda o que está mal
nem que não se saiba bem o que é bem
muda-se o que não nos deixam dizer
muda-se o que nos tira a liberdade 

de pensar

em voz alta

e que viva o 25 de Abril


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Wednesday, April 22, 2009

rever o blogue

não é como um trabalho

de repente apeteceu-me tentar saber o que é o "peremela"
descobri que parece ser um elo de corrente
algo que liga a minha pessoa com um mundo cibernético
parece a procura de uma entidade que sirva a minha estética
e a comunique

dei-me também com a minha própria curiosidade
que evolução ao longo do tempo?
o peremela começa numa altura de desemprego profundo
nem cão nem dono
não há trabalho, não há casa não há sítio meu
não há perspectiva e não há força, credo ou auto-estima
parece ser um "que se foda" vamos para bingo

há também um esforço herculeo de não magoar as pessoas (demasiado)
apetece culpar tudo, mas também aí se vê que sou solteiro

depois parece haver um gosto de partilha
e algo que ainda hoje sinto
houve momentos belos
o prazer dos comentários
a verdadeira comunicação
os amigos que ainda não conheço (Isabel Mendes Ferreira)

o que de certo me comoveu
foi perceber que preciso disto
da minha (meu) peremela
para estar com os meus e os outros

foi por aqui que o mundo ouviu o "prelúdio susana", "a josé afonso"
e o vídeo que surgiu do nada

também parece ser claro que a minha música foi o mais importante que aconteceu no peremela
pela reacções e sobretudo pela espera
a paciência de todos para aguardar o dia da próxima
a mim, até já me parece tarde
vai fazer um ano que não ponho nada de novo
mas quando ouço a minha música parece que o tempo perde sentido
não parece ser importante o dia em que saiu
e parece sempre haver um momento de novidade para quem a ouve de novo

é um dos pontos em que me conheço pior
tenho tanta música na cabeça, sempre
nova e velha, a começar, a acabar, a perder o sentido
por vezes é ensurdecedor
mas está aqui
não a posso prometer
dou-a sempre quando sinto que está pronta
e também sei que vai surgir aqui
não consigo pará-la, impõe-se-me

e a verdade é que num ano já 900 pessoas fizeram o download integral do "pico"
são só 18 músicas, 10 anos e a incerteza de chegar ao fim
pelo meio "o silêncio das esferas" e muita coisa que nem sequer pus aqui
claro que foi um trabalho divulgado em conjunto
no myspace, pela susana e o ticha, através dos próprios blogues e pela palavra transmitida

aconteceram também imensas coisas curiosas
há um blogue do josé afonso (link) em que alguém postou a minha homenagem
e a susana descobriu, eu só babei

outras foram hilárias
como as camisetas personalizadas

e outras que me surpreendem
escrevi coisas que gosto imenso de reler
como se fosse outro alguém com o dom da língua

no fundo parece fazer sentido

e também apetece agradecer
por perderem tempo comigo
e pedir, pela primeira vez
- vamos lá comentar
gostava de saber o vosso balanço
nem que seja pelas fotos da sapateira e da carne de porco à alentejana
ao contrário de vocês
eu comi daquelas fotos
só não publiquei os restos

fica isto para ouvir
quem sabe amanhã não encontro outra coisa...



e a mim também...

Tuesday, April 14, 2009

o burburinho da revolução

é sempre assim
mesmo aqui, nas pampas
que é como quem diz
england do meu embaraço
nem sei que diga
faz-me falta portugal
chega a abril

e

pois
começo por ouvir isto
uma e outra vez

e outra

depois procuro mais
levo a mente a estes espaços incansáveis
de ter assunto
de estar com as gentes para fazer tudo por nós
por todos
pequenos grandes, grandes e pequenos e outros mais porventura
que juntos são só a migalha
do respiro

e aquela canção do Zeca
com cheiro a Alentejo

as mães a chorar à janela

!podemos falar!

que força é esta?

e foi o nosso primeiro dia

foi, não foi?

Saturday, April 4, 2009

a música do céu



ouvi as versões todas
não me canso de ouvir isto
escolhi esta
se quiserem saber porquê
é só procurar

bom fim-de-semana

(claro que trabalho todos os fins-de-semana)

Wednesday, April 1, 2009

a árvore da minha janela

a árvore da minha janela
espera às vezes que eu acorde

fica sonâmbula e interrompe 

outras vezes
partilha o ar comigo
desemboca

espero algumas vezes por ela
são as saudades de outra hora

agora está prestes verde
sei que não vai ligar nenhuma
tantos filhos nos ramos

parece indiferente ao lugarejo
casas frias 
monótonas
os poucos centimetros de terra onde poisa

mas fala-me

assim